O processo de internação

Saiba quais as etapas e como proceder durante o processo de internação para a realização de cirurgias.

O médico SEMPRE deve conhecer, antes da cirurgia, no consultório, tanto o paciente quanto pelo menos 1 acompanhante do mesmo.

Sempre, para internar ou ter alta, com acompanhante.

As autorizações devem ser checadas previamente na clínica, ou seja, no máximo até a véspera da cirurgia. Isso evita transtornos no momento da admissão hospitalar.

Ficar em jejum desde as 22:00 hs da véspera do dia de internação, INCLUSIVE PARA LÍQUIDOS, ATÉ ÁGUA.

Relatar ao médico responsável tosse, febre ou qualquer outro mal estar que possa ocorrer na semana que antecede a cirurgia ou no dia da internação. Por isso, programar férias para operar pode não dar certo: se o paciente estiver doente no dia da cirurgia pode ser mais seguro suspender e marcar novamente em outra oportunidade.

Trazer: Pequena mala com roupas de uso pessoal, chinelos, toalhas, escova e pasta de dente, sabonete, shampoo, pente.

Não usar maquiagem, esmalte, cremes ou perfumes, no dia da cirurgia.

Após a internação retirar: óculos, lentes de contato, próteses dentárias, relógios, brincos, colares, pulseiras, anéis, piercing e outros.

Não entrar no Centro Cirúrgico retirar roupas de baixo (cueca ou calcinha).

Não fumar nas 12 horas antes e depois da cirurgia.

Não fazer uso de NENHUM tipo de remédio 15 dias antes e 15 depois da cirurgia sem o conhecimento do médico cirurgião. Os mais perigosos são:

 AAS  Ácido Acetil Salicílico  Alka-Seltzer  Aspirina C  Buferin  Cataflam
 Cataflam/Cibalena  Clexane  Coristina  Cefunk  Cheracap  Doloxene
 Doril  Ecasil  Engov  Equitam  Fiorinal  Ginkgo Biloba
 Marevan/Marcomar  Migraine/Nimesulida  Persantin  Piralgina  Plaketar  Ronal
 Somalgin  Superhist  Tanakan  Tebonin  Ticlid/Voltaren

Levar ao hospital TODOS os remédios que costuma usar diariamente em casa para o controle de algum problema de saúde (por exemplo: asma, bronquite, pressão alta, medicação psiquiátrica, hipotireoidismo, etc…), mas não usá-los sem ordem médica. No dia da cirurgia, se alguma dessas medicações são usadas pela manhã, você deve ingeri-la o mais cedo possível, com um mínimo de água (30 ml, o equivalente a 1 copinho de café daqueles pequenos). O uso de medicação para diabetes requer orientação médica específica.

Levar carteira de Identidade, CPF, Carteira do Convênio com o comprovante de pagamento em dia, Guia de Internação autorizada (isso deve ser checado antes do dia da cirurgia com a maior antecedência possível na OtoSul unidade matriz) e TODOS os exames pré operatórios, MESMO QUE JÁ TENHAM SIDO CONFERIDOS (exames de sangue, radiografias, tomografias, ressonâncias avaliação pré anestésica, cardíaca, pulmonar, audiometrias, etc…).  No caso de exames de imagem (radiografias, tomografias e ressonâncias) só o laudo não basta, levar também o filme.

As cirurgias só serão realizadas se os respectivos termos de consentimento informado já tiverem sido assinados  e entregues na administração da unidade matriz da OtoSul até a véspera da cirurgia. Esses termos são obtidos na clínica, levados para casa, lidos e assinados pelo pacientes ou responsáveis, em caso de concordância com os mesmos.

Preparação Exclusiva Para Cirurgia Plástica Facial

•    Na véspera da cirurgia à noite:
Molhar com água todo o Couro Cabeludo, Face e Pescoço.

Em seguida aplicar o antisséptico Gluconato de Clorexidina a 4% (deve ser preparado em Farmácias de Manipulação) e massagear por 1 minuto, suavemente, com a intenção de distribuir bem o produto, em 360 graus. Aguardar 5 minutos. Enxaguar e secar.

•    No dia da cirurgia pela manhã antes da internação:
Repetir o mesmo.

Cirurgia tem hora marcada para começar e acabar, MAS MUITAS VEZES OCORREM ATRASOS, TANTO PARA COMEÇAR QUANTO PARA ACABAR.

Isto ocorre porque podem chegar ao hospital pacientes urgentes que necessitam ser atendidos em primeiro lugar (mulheres que vão dar à luz, acidentados, etc…), MESMO QUE A SUA CIRURGIA JÁ ESTEJA MARCADA COM ANTECEDÊNCIA. Além disso, quando começamos uma cirurgia, não podemos ter pressa para acabar. Temos que fazer bem feito, tanto na sua cirurgia quanto na dos outros.

MEDICINA NÃO É MATEMÁTICA, podemos estimar a duração de uma cirurgia, mas este tempo pode ser alterado para mais ou para menos.
Quando o médico termina, ele procura sempre pelo acompanhante para explicar como foi e para dar algumas orientações. ESTE DEVE ESTAR OU NO QUARTO OU NA RECEPÇÃO AGUARDANDO.

Nas chamados CIRURGIAS AMBULATORIAIS o paciente não chega a internar propriamente, ele não ocupa um quarto no hospital. Chega à recepção do hospital e realiza a admissão. Aguarda pela cirurgia na recepção mesmo. Da recepção será levado ao centro cirúrgico. Após a cirurgia ficará com o médico anestesista e enfermeiras na sala de Recuperação Pós Anestésica (RPA) até ser liberado pelo mesmo (isto pode demorar horas, até que o paciente esteja completamente acordado), quando irá diretamente para casa. O médico cirurgião já terá explicado ao acompanhante todos os cuidados pós operatórios.

Nas CIRURGIAS COM INTERNAÇÕES o paciente chega a internar propriamente, ele ocupa um quarto no hospital. Chega à recepção do hospital e realiza a admissão. Após a admissão será levado ao quarto, de onde será levado ao centro cirúrgico. Após a cirurgia ficará com o médico anestesista e enfermeiras na sala de Recuperação Pós Anestésica (RPA) até ser liberado pelo mesmo (isto pode demorar horas, até que o paciente esteja completamente acordado), quando retornará ao quarto. O médico cirurgião irá realizar a visita pós operatória e decidirá quando poderá ocorrer a alta.

OBS: No caso de cirurgias particulares as despesas hospitalares serão ESTIMADAS APROXIMADAMENTE, previamente, pelo paciente junto ao hospital, mas o valor estimado pode sofrer alguma alteração, para mais ou para menos em virtude, por exemplo, de uma cirurgia que se prolongue mais do que o estimado, ou do uso de algum medicamento/material que não era previsto. Assim, algumas vezes este montante poderá ser calculado somente após a cirurgia, já que leva algum tempo para que as despesas sejam contabilizadas.

O acerto dos honorários da equipe médica poderá ser feito com a secretaria do médico cirurgião, no consultório, antes da cirurgia. Neste caso o valor combinado não sofrerá alterações. O seu médico repassará aos demais membros da equipe médica o valor dos honorários de cada um.

Outra possibilidade é que o anestesista recebe separadamente. Nessa situação ele ou algum representante da equipe de anestesia irá ter com os familiares após a cirurgia para o acerto de seus honorários.

Finalmente, existe uma terceira possibilidade, que é a cobrança conjunta doas valores hospitalares e do serviço anestésico. Nesse caso, hospital irá ressarcir os anestesistas.

Todas essas situações serão combinadas previamente.

Depois de operado, o paciente chega ao quarto acompanhado pelas enfermeiras. O médico virá para a visita logo que acabar as atividades no centro cirúrgico e deixará com o acompanhante as devidas orientações, esclarecendo qualquer dúvida que possa haver.

Ao chegar, o paciente poderá ter um pouco de sangue escorrendo pelo nariz e/ou pela boca (apesar de controle de sangramento ser rotina durante toda cirurgia, sempre escorre um pouco de sangue, dentro do previsto).

O sangue que escorre do nariz pode ir sendo limpo com uma toalha, embora em geral o paciente já sai do centro cirúrgico com uma gaze presa com esparadrapo na região entre o nariz e a boca (como um “bigode”) para absorver o sangue. Se este curativo for ficando encharcado, a enfermeira pode substituí-lo sempre que necessário.

Algum sangue que escorra da boca pode ir sendo expelido em uma toalha ou em um recipiente próprio fornecido pelas enfermeiras.
O sangue pode escorrer para fora do nariz ou da boca (como explicado acima) ou pode ser engolido. Quando o sangue engolido chega ao estômago ele provoca vômitos: não se assuste se o paciente vomitar um “sangue preto”, tipo ‘borra de café”. Isto pode ocorrer no dia da cirurgia até aproximadamente 3 vezes e é considerado normal. Sempre perdemos um pouco de sangue quando somos operados, mas não há problemas, da mesma forma como quando doamos sangue sem nenhum problema para a saúde).

Algumas vezes o sangue engolido não provoca vômitos e continua seu caminho até o intestino, sendo eliminado com as fezes, o que confere a elas uma cor preta (fezes “em borra de café”). Isto pode ocorrer até 48 hs após a cirurgia sendo considerado normal.

Vindo da sala de Recuperação Pós Anestésica o paciente deve chegar ao quarto tranqüilo e orientado. Ocasionalmente ele ainda pode estar sob efeito de um resquício de anestesia e se mostrar um pouco “estranho”: ou agitado ou sonolento ou até chorando (mais comumente crianças), ainda sob o efeito da anestesia, e isto é normal. O choro não costuma significar dor pois rotineiramente, antes de acordar o paciente, medicações anestésicas são administradas para evitar tal incômodo. Desse modo, o choro geralmente só significa, especialmente em caso de crianças, que ainda estão um pouco desorientadas.

Nos casos acima referidos não dê nada para alimentá -lo, nem água, mesmo se ele pedir, pois enquanto estiver “estranho” poderá engasgar ao tentar engolir. Geralmente o paciente acaba dormindo (procure fazer silêncio) e quando acorda não está mais “estranho”: é que o resto do anestésico deixa o corpo pela respiração durante este breve sono. Agora já poderá ser alimentado (quando estiver conversando normalmente, depois de bem acordado) com os alimentos que a nutricionista responsável determinar.

Evitar fazer força, pigarrear, espirrar ou tossir. Não pode assoar o nariz após a cirurgia (só é permitido assoar o nariz e iniciar a lavagem com soro 48 hs após a cirurgia, e estas manobras deverão ser realizadas suavemente).

Quanto mais “sentado na cama” o paciente estiver, melhor. Evitar levantar da cama, só para ir ao banheiro.O paciente já sai do centro cirúrgico medicado para evitar que sinta dor, mas qualquer dor que incomode deve ser relatada para que seja ajustada a dose ou trocado o tipo de medicamento, com o intuito de proporcionar o maior conforto possível.

A grande maioria das cirurgias que realizamos (ouvidos, nariz, cordas vocais e cirurgias plásticas faciais) não costuma ser acompanhada de restrição alimentar pós operatória.

Porém, no caso das cirurgias de garganta, é esperado que haja uma indisposição para a alimentação. Alguns pacientes ficam até dias sem comer quase nada, mas o organismo tem reservas nutricionais para suprir esta necessidade. No caso de crianças o melhor é não forçar, mas sim oferecer tudo o que a criança mais gosta, mesmo que sejam doces, refrigerantes, etc… (nessa hora é melhor comer “bobagens” do que não comer nada).

Ofereça os alimentos!

Quanto aos líquidos a situação é diferente: não podemos ficar sem líquido (especialmente crianças) pelo risco de desidratar rapidamente (qualquer líquido serve, mas GATORADE e ÁGUA DE CÔCO são especialmente bem vindos). Uma maneira prática de saber se a quantidade ingerida de líquidos está sendo suficiente é observar a cor da urina: esta tem que estar sempre bem clara e sem odor. Pouca urina, cor muito amarela e com cheiro forte podem significar desidratação.

Seja rigoroso com a ingestão de líquidos: em casos de desidratação pode ser preciso voltar ao hospital para tratamento!
Durante os 7 primeiros dias após a cirurgia é melhor evitar alimentos quentes (preferir aqueles mornos ou frios e, quanto a alimentos gelados, se o paciente aceitar bem, não há problemas) e sólidos (preferir aqueles líquido-pastosos ou tudo que for bem cozido, “bem molinho”).

Por exemplo: todo tipo de sopa, onde tudo vai estar bem “molinho”. Se o paciente se cansar de sopa, pode-se oferecer macarrão misturado com feijão e carne moída ou frango desfiado junto. Se a criança for maior, mais responsável, pode ingerir sólidos desde que mastigue bem antes de engolir.

Ovo cozido é uma boa dica, pois sustentam com pouco volume (o paciente “engole” poucas vezes para se sentir satisfeito, sente menos dores). Vitaminas e sucos diversos são bem vindos.

Uma boa dica é oferecer a alimentação 1 hora depois de ter ingerido o remédio para dor, ai fica mais confortável se alimentar.

É necessário se alimentar, se tiver fome, mesmo que haja dor ao engolir. Não devemos esperar parar de doer para comer, pois os alimentos ingeridos é que permitirão que ocorra a cicatrização e a dor cesse.

Após 7 dias pode-se comer de tudo, sem restrições.

Dores mais comumente ocorrem após as cirurgias de garganta. Cirurgias de nariz, ouvido, cordas vocais e plásticas faciais não costumam ser acompanhadas de dor pós operatória.

Nos 03 primeiros dias após a cirurgia o paciente deverá ficar em casa, evitando se movimentar. Isso não significa que o mesmo deverá ficar deitado todo o tempo, podendo se locomover (ir ao banheiro por exemplo, ir sentar-se à mesa de jantar, se locomover até a sala de televisão, etc…).

Após estes 03 dias iniciais, até completar 7 a 10 dias de cirurgia, o paciente poderá começar a se movimentar mais à vontade dentro de casa.

Em geral, após 07 a 10 dias o paciente poderá começar a sair de casa e, dependendo do caso, até voltar ao estudo/trabalho, mas só depois de 30 dias de cirurgia poderá se expor ao sol ou fazer esforço físico importante, ou seja, levar uma vida totalmente normal, sem restrições. Na verdade, o médico é que irá determinar o tempo de afastamento de acordo com cada caso.

No caso de cirurgias plásticas da face o sol deve ser evitado por 3 meses e, no caso específico de cirurgia plástica do nariz, as pálpebras ficarão “roxas” (equimose) por aproximadamente 7 dias. Em alguns casos os olhos incham a ponto de ficar difícil de abrir, mas sem dor, já que não costuma haver dor pós operatória em cirurgias plásticas da face. À medida que o tempo for passando, a coloração “rocha” vai sendo substituída por uma cor mais amarelada.

No caso de cirurgias das cordas vocais o paciente deverá ficar sem falar por 3 a 5 dias depois de operado. Ao começar a falar a voz estará estranha por alguns dias até se estabilizar.

No caso de cirurgias de ouvido, a audição só irá melhorar por volta de 30 dias após a cirurgia.

No caso de cirurgias de nariz e/ou garganta é possível ocorrer um odor desagradável durante os primeiros dias, tanto no nariz quanto na boca, que cede totalmente com o tempo. A “campainha” (úvula) pode ficar bem inchada e irregular por alguns dias. Em caso de cirurgia da garganta, os locais de onde foram retiradas as amígdalas serão vistos como cavidades que estarão recobertas por uma crosta branco-amarelada, que é a cicatrização em andamento. As narinas podem parecer preenchidas por uma substância mole, gelatinosa, que alguns acham ser um curativo de algodão colocado pelo médico mas que, na verdade, é como se fosse um coágulo, só que mais claro. Se não for expelido durante as limpezas em casa, o médico fará a limpeza no consultório, sem qualquer dor.

Em qualquer tipo de cirurgia do nariz (sejam funcionais ou estéticas) a respiração piora nos primeiros dias e só começa a melhorar por volta de 7 dias após a cirurgia. Com 30 dias de pós operatório a respiração atinge o auge de melhora.

Normalmente saem alguns coágulos (de cor negra, “sangue pisado”) ou “filetes” de sangue (mais vermelho) do nariz ou da boca, mesmo quando o paciente já está em casa. Isto ocorre principalmente ao assoar o nariz e, no caso da boca, principalmente ao tossir ou pigarrear, mas às vezes pode acontecer espontaneamente.

Alguns pacientes podem sofrer um sangramento anormal cuja principal característica é a continuidade.
Como reconhecer um sangramento anormal? O paciente fica expelindo sangue continuamente, como uma torneira pingando. Se isto ocorrer o melhor é evitar fazer qualquer tipo de esforço (lavar ou assoar o nariz, pigarrear, tossir ou espirrar) e tomar 3 atitudes:

1 – Não deite, sente o paciente.

2 – Procure transmitir tranqüilidade pois, em caso de agitação, ansiedade, a pressão arterial aumenta e o sangramento tende a persistir.

3 – pegue dois sacos de plástico e coloque uma pedra de gelo dentro de cada um. Cada saco com uma pedra de gelo será colocado para gelar um lado do nariz.

4 – Se após 15 minutos fazendo isso não houver melhora entre em contato com o médico.

Se o paciente vomitar, sangue ou não, ou se houver um aumento de temperatura superior a 38 º entrar em contato. Pode haver dor de ouvido após a cirurgia de nariz e a garganta mesmo quando o ouvido não foi operado: é que existe uma comunicação entre ouvidos, nariz e garganta, que favorece essa ocorrência. Compressas quentes costumam ajudar bastante para a melhora das dores de ouvido, mas se estas não adiantarem, entrar em contato.